Ativismo Judicial
Certamente
você já deve ter visto alguma das manchetes abaixo:
“Justiça
suspende reabertura do comércio no DF”
“O STF e a
descriminalização do aborto”
“Ministro
Alexandre de Moraes suspende a nomeação de Ramagem”
“Supremo decide criminalizar a homofobia como
forma de racismo”
“Decisão de
Lewandowski é descaradamente inconstitucional (quando negou inelegibilidade da
Dilma) ”
Afinal, os Poderes da República, embora harmônicos entre si, não deveriam ser
independentes?
Segundo a
Deputada Federal Chris Tonietto, relatora do PL 4754/2016, que tipifica como crime
de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal a usurpação de
competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, o Ativismo Judicial:
“trata-se de uma afronta à democracia por ousar conferir ao Poder Judiciário um poder absoluto e ilimitado que nosso ordenamento jurídico não confere a nenhum dos três poderes da Federação”¹
O Judiciário
tem como função INTERPRETAR AS LEIS E JULGAR os casos de acordo com as regras
constitucionais e as LEIS CRIADAS PELO LEGISLATIVO, aplicando a lei a um caso
concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.
Segundo
Montesquieu², “todo homem que detém o poder tende a abusar dele”,
imaginem se os poderes de criar leis, executar, interpretar e punir estivessem
na mão de “uma só pessoa”.
Imaginaram? É
exatamente o que está acontecendo no Brasil hoje, além de interpretar as leis,
o STF e grande parte do sistema judiciário está criando e executando (ou não
deixando executar) as leis e atos administrativos de interesse público.
Essa atitude
do STF fere, principalmente, o princípio do checks and balances, (freios
e contrapesos), cuja função é manter o equilíbrio e controle entre os Poderes
da República, usurpando assim da competência dos poderes executivos e
judiciários.
O PL
4754/2016, que tipifica como crime de responsabilidade o Ativismo Judicial e
possibilita o impeachment dos Ministros do STF, já teve parecer favorável
da relatora Dep. Chris Tonietto, na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJC) e agora segue para o plenário.
Espero que os
demais parlamentares entendam a importância da aprovação desse projeto de lei e
aprovem a possibilidade de colocar o STF em seu devido lugar.
¹ http://centrodombosco.org/2019/09/03/exclusivo-deputada-chris-tonietto-fala-sobre-ativismo-judicial/
²https://www.politize.com.br/separacao-dos-tres-poderes-executivo-legislativo-e-judiciario/
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